sábado, 10 de janeiro de 2009

Revolução Cubana: 50 anos de luta e resistência.

No inicio de 2009, comemoramos os 50 anos da revolução cubana , que neste meio século foi protagonista de sonhos, leituras e releituras sobre a importância do socialismo e a ação nefasta do Capitalismo vigente.

Os feitos da revolução cubana estão presentes no imaginário popular como inspiração de luta e resistência contra a máquina mortífera do imperialismo americano.

A vitória da revolução foi notadamente o resultado de um conjunto de acertos por parte dos dirigentes revolucionários que, em consonância com os interesses coletivos da população, baniram do país a família e o Ditador Fulgencio Batista , inaugurando assim, uma nova etapa e nova página na história dos lutadores e revolucionários em nível mundial.

Com a materialização da revolução popular-socialista, Cuba tornou-se referência de luta e vitória para a classe trabalhadora, ao mesmo tempo, que era odiada e cercada pelos inimigos que foram “derrotados” juntamente com Ditador Cubano.

O cerco americano contra a ilha vermelha foi implacável, pois tinha como objetivo a inviabilização política, econômica e ideológica da Revolução Socialista em curso .

Segundo o artigo de Lázaro Barredo Medina, os dados da conquista da revolução são incontestáveis, fundamentalmente no campo da Educação e da Saúde:

“A média de escolaridade entre as pessoas maiores de 15 anos não ultrapassava a terceira série, mais de 600 mil crianças não freqüentavam a escola e 58% dos professores não tinham emprego. Apenas 45,9% das crianças em idade escolar tinha matriculado e metade delas não freqüentava a escola, conseguindo terminar o ensino primário 6% das crianças matriculadas. As universidades mal tinham capacidade para 20 mil estudantes.

O primeiro programa foi à campanha de alfabetização com a participação da população. Construiu-se uma ampla rede de escolas em todo o país e mais de 300 mil professores trabalham no setor. A média de nível escolar entre os maiores de 15 anos é de nona série. Os 100% das crianças em idade escolar matriculam nas escolas e os 98% terminam o ensino primário e 91%, o secundário. Um em cada 11 habitantes é universitário e um em cada oito têm algum nível de preparação técnico-profissional.

Há 650 mil estudantes nas universidades e o ensino é gratuito. Além disso, 100% das crianças com deficiências físicas e mentais têm a possibilidade de se prepararem para a vida em escolas especiais

Em 1958, a precária situação da saúde pública se caracterizava por uma mortalidade infantil que ultrapassava 60 em cada mil nascidos vivos e a mortalidade materna, 118 mil em cada 10 mil. A taxa de mortalidade por gastrenterite era de 41,2 em cada cem mil e a de tuberculose, 15,9 em cada cem mil. Nas zonas rurais, 36% da população padecia parasitas intestinais, 31% malária, 14% tuberculose e 13% febre tifóide. A esperança de vida ao nascer era de 58,8 anos.

A capital do país tinha 61% dos leitos dos hospitais e 65% dos 6.500 médicos. No resto das províncias existia um médico em cada 2.378 habitantes e em todas as zonas rurais da nação existia apenas um hospital.

Atualmente, o atendimento médico é gratuito e Cuba dispõe de mais de 70 mil médicos, havendo um médico em cada 194 habitantes e quase 30 mil deles prestam serviços em mais de 60 países. Foi criada uma rede nacional de mais de 700 hospitais e policlínicas.

Em face da massificação da vacinação (neste momento, são aplicadas 13 vacinas em cada criança), foram virtualmente eliminadas doenças como a poliomielite, a difteria, o sarampo, a coqueluche, o tétano, a rubéola, a parotidite e a hepatite B. A mortalidade infantil é de 5,3 em cada mil nascidos vivos e a esperança de vida é de mais de 77 anos”.

Como podemos observar e comparar, as conquistas que ocorreram foram determinantes no fortalecimento e consolidação dos objetivos da revolução ,em que pese o permanente bloqueio Americano ao longo desses 50 anos.

É certo que a revolução e esse período histórico esta diretamente relacionado ao vigor, à ação e a atuação incisiva de Fidel Castro como timoneiro desse processo. Como parte viva dessa história, a figura de Che Guevara e outros, tremulam nas bandeiras do mundo inteiro como propaganda de uma revolução vitoriosa, ostentando o grande exemplo de luta , resistência e conquista da classe trabalhadora.

Evidentemente que correções de rumos precisam ser feitos, várias avaliações e balanços se fazem necessários. Todavia, é inegável o valor simbólico e as conquistas alcançadas com o triunfo da revolução na ilha Vermelha.

Mesmo debilitado do ponto de vista da saúde, Fidel continua como um grande referencial teórico e de resistência ao imperialismo americano, na America latina e no mundo inteiro rumo à revolução mundial da classe trabalhadora.

Nesse contexto de crise econômica e guerra , cresce a resistência heróica do povo palestino , bem como a luta de classe na America latina como um todo.

A crise Econômica mundial surge no coração do capitalismo com profundo impacto nas economias periféricas.

O exemplo dos 50 anos da revolução cubana e da luta revolucionária antiimperialista é motivo de sobra para comemorarmos e trilharmos juntos rumo à destruição do sistema capitalista.

Toda revolução é um processo em aberto, dialeticamente situado e ilimitado, que precisa da bravura heróica dos que venceram, bem como, da energia dos atuais lutadores para dar mais vida aos acertos, corrigir os erros cometidos e ter ousadia revolucionária para aperfeiçoar os caminhos do socialismo rumo ao fim da exploração do homem pelo homem.

"A tirania foi derrubada. A alegria era imensa. Contudo, ainda faltava muita coisa a fazer. Não nos enganemos pensando que agora tudo será mais fácil; talvez, a partir de agora, tudo seja mais difícil".Fidel Castro.



Lutar é preciso.08/01/2009.

Aldo Santos ,Membro do Diretório Nacional do P-sol.

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